13 de janeiro 532 d.C, com ajuda de Teodora, o imperador Justiniano sufoca a Rebelião de Nika em Constantinopla

Flavio Petrus Abássio Justianiano conhecido apenas com seu último nome  representa o auge do Império Bizantino e suas obras ainda enchem os olhos dos amantes da arte cuja tradição preservou e deu novo fôlego a tradição grega clássica revisitada. As mais expressivas obras do período Justiniano (518 d.C – 610 d.C.) foram  a Cathedra de  Maximiano de  Ravena na Itália e a reconstrução da Hagia Sofia em Constantinopla, atual Istambul na Turquia.

Crédito de imagem de destaque para o site historia y biografias.

Em 532 d.C, mais precisamente em 13 de janeiro, Justiniano, o mais célebre imperador bizantino, chamado de “o último dos romanos” enfrentou o maior desafio de seu império, a revolta de Nika. Seguindo uma antiga tradição herdada dos antigos romanos e muito popular no período bizantino, milhares de pessoas se aglomeravam o antigo hipódromo, cujos vestígios podem ainda serem vistos em Istambul, para as tradicionais corridas de quadrigas. Mas o circo do povo acabou por deflagrar uma imensa revolta protagonizada por dois grupos rivais: os Azuis que defendiam os interesses dos grandes detentores de terras e os Verdes partidários dos interesses dos comerciantes.

O que começou como uma rixa típica, acabou em uma revolta que das arquibancadas tomou conta de todo o hipódromo e por pouco não levou a cabeça do próprio Imperador. Em pânico Justianiano resolveu deixar o hipódromo, mas foi barrado por sua esposa Teodora que decidiu que ele deveria ficar e enfrentar a turbamulta que a esta altura já estavam incendiando a cidade. Muito hábil e corajosa Teodora reuniu os homens da guarda imperial que iniciam um contra-ataque que foi responsável pela morte de mais de 30 mil rebeldes só dentro do Hipódromo sufocando os revoltosos.

Acalmada a situação, o casal imperial dedica seus esforços para a reconstrução da Hagia Sofia, construindo o que se conhece como a Terceira Basílica.

por André Mafra

Para saber mais…

Vamos entender a Constantinopla de Justiniano