Publicado em 07/12/20
25 de dezembro de 1683, Kara Mustafá é assassinado pelos janízaros, a elite militar otomana.
Desde a conquista de Constantinopla em 1493 a expansão turca foi assustadora para a Europa, o perigo otomano era uma realidade e colocava a cristandade inteira em perigo. Em seu processo de expansão, cujo auge ocorreu com Suleyman que reinou entre 1520 e 1566, os turcos chegaram às portas da Europa ocidental no cerco de Viena em 1529 e por muito pouco não avançaram, diria que por um milagre.
Em outra investida contra Viena, a segunda e última, em 1683 sob o comando de Kara Mustafá Pasha (1634-1683) a cidade austríaca também bravamente resistiu. Nesta ocasião os acampamentos turcos e suas belíssimas tendas fizeram história. Abandonados pelos otomanos após o fracasso do cerco, foram descritas pelos ocidentais como verdadeiros paraísos na terra, sendo incrivelmente decorados com jardins, banheiros, belísimas fontes e até animais de estimação!
Em um dos momentos mais marcantes do cerco, um grupo de padeiros trabalhando tarde da noite, foi o responsável por descobrir um túnel que estava sendo cavado para vencer as poderosas muralhas que defendiam a cidade. Descoberto a estratégia turca, as tropas aliadas cristãs[1] venceram os turcos dando início ao freio a expansão otomana e sua expulsão definitiva dos territórios a oeste. Como resultado Mustafá foi executado pelos janízaros, a tropa de eliete otomana em 25 de dezembro de 1683.
Em comemoração os padeiros foram autorizados a criar um algo em homenagem à vitória cristã, os mesmo então criaram um pão em forma de crescente que representam o estandarte turco e o símbolo do islamismo. Esse mesmo pão quando levado para a França por Maria Antonieta em 1770, por ocasião de seu casamento com o futuro rei Luis XVI foi chamado de croissant[2]!.
[1] A principal força aliada considerada a responsável pela salvação de Viena foi a dos poloneses.
[2] Destaca Roberta Malta Saldanha em História, lendas e curiosidades da gastronomia, página 243.