Publicado em 31/10/22
1 de novembro de 1755, Terremoto em Lisboa
A cidade de Lisboa sofreu em 1 de novembro uma de suas maiores tragédias de usa história. Exatamente às 9h30 um terremoto de magnitude altíssima devastou a cidade lusitana, fato seguido de um incêndio e de uma gigantesca onda que invadiu a cidade.
O grande responsável pela reconstrução da cidade foi o estadista português chamado Sebastião José de Carvalho e Melo que em sua ascendente carreira diplomática tornou-se conde Oeiras (1759) e marquês de Pombal (1769), este último título que marcou seu nome na história.
Sua capacidade e competência como secretário e homem forte do Rei D. José foram colocadas à prova quando em 1755, com muito pulso, liderou o processo de reconstrução da cidade e apoio as vítimas do terremoto de 1 de novembro. Em seu longa jornada como homem forte da coroa portuguesa ficou conhecido também com um grande opositor da Companhia de Jesus, conhecidos como jesuítas, homem de pulso forte, passou para a história como um governante autoritário e que reprimia com truculência seus opositores.
Passeando pelas ruas do bairro chiado em Lisboa, me deparei junto a Praça Luís de Camões com a escola[1] de um colega do Método DeRose e lá tive o prazer de ler em um das bem decoradas paredes a frase: “As nossas paredes têm mais de 200 anos”. E tem mesmo!
Em uma delas encontrei uma abertura no acabamento que nos revela uma linda estrutura antiga da chamada gaiola pombalina, fui informado que é um sistema anti-sísmico feito com vigas de madeira incrustadas na alvenaria. Segue o restante do simpático aviso: A estrutura em madeira foi inspirada nos métodos de construção dos navios. A madeira, sendo deformável, tinha uma elevada capacidade de resistência as forças de tração e compressão num meio constantemente agitado. Por outro lado, a alvenaria era mais eficaz na resistência aos incêndios. Lembremos que logo após os terremotos, houve um terrível incêndio e demais catástrofes decorrentes[2].
por André Mafra
[1]Praça Luís de Camões, 36 – 1º DTº 1200 – 243 Lisboa – Portugal
[2] Sugiro a leitura de um agradável romance histórico de Domingos de Freitas entitulado: Quando Lisboa tremeu.