Publicado em 31/10/22
13 de novembro de 1460, Morre D. Henrique, o Navegador
Considerado o gênio organizador da epopeia das descobertas e o mais reverenciado nome das navegações portuguesas, juntamente com Vasco da Gama. Henrique era filho do casal D. João I e Filipa[1] de Lancaster, foi um dos primeiros estadistas europeus a enxergar nos oceanos não um obstáculo intransponível, mas sim uma oportunidade para novas rotas de comércio. Além de nomeado governador da região hoje chamada de Algarve, foi administrador da Ordem dos Cavaleiros de Cristo, antiga Ordem dos Templários. Com ele, Portugal enfraqueceu o domínio árabe na África.
Seu nome ganhou prestígio quando participou da Conquista de Ceuta, em 1415, com apenas 21 anos de idade. No mesmo ano, tornou-se Duque de Viseu. Foi o patrono da colonização europeia, fez dos Algarves um polo de produção açucareira e incrementou o comércio escravagista. Fundou a Escola de Sagres, ao sul de Portugal, e de lá organizou o programa de exploração naval português. Financiava expedições e estudava os mapas e relatórios delas provenientes. Teve grande êxito quando seus homens superaram os Cabos Não e Bojador, até então intransponíveis. Com ele, Portugal enfraqueceu o domínio árabe na África. Atingiu ainda Guiné e Cabo Verde. Seu maior fracasso foi a expedição em Tânger, que resultou no aprisionamento e, futuramente, na morte de seu irmão D. Fernando em Fès, no Marrocos.
Henrique veio a falecer em 13 de novembro de 1460. Mas, na região do Cais da Ribeira, as referências a ele são fortes. Encontra-se lá a bonita praça D. Henrique, que termina na Rua do Infante, quase esquina com a Casa Infante, onde encontramos curiosidades sobre a vida desse importante personagem. Cabia a esse predestinado mostrar ao mundo que Portugal não se contentava com os limites de suas terras a extremo oeste da Europa.
[1] Encontramos as grafias Filipa ou Philllipa. Filipa era filha do Duque de Lancaster, segundo Azurara em seu Crónica dos feitos da Guiné pagina 16.